sábado, 26 de março de 2011

Meus doces e necessários barracos...

Sou espírita... umbandista! Muitos olham torto ao saber que sou umbandista, tudo bem... também olhei um dia. Se creio nisso? Não sei...mas toda vez que vou ao centro trabalhar, oro e digo: Senhor, se isto não existe, que mal eu não faça a ninguém. Peço apenas que as pessoas que venham a mim, saiam melhores do que se sentaram...amém!" e me isento de culpas...rs
Bom, mas o que isso tem a ver com o título de hoje? Quase nada...
Na quaresma recebemos algumas orientações e uma delas foi não brigar. Como assim, não brigar, meu filho??????????
Eu?????????? A barraqueira-mãe? Aquela que desde tenra idade era chamada de "carroceira" pelo próprio pai que ,diga-se de passagem, não era o primor da finura. Pois é, tentei me lembrar disso, mas não deu.
Primeiro foi no trabalho: dia negro! Reunião totalmente light, só pra matar o tempinho. Em determinado momento, eu tomo a palavra  e opino sobre algumas melhorias que poderiam ser feitas no colégio.
Ah! Bastou... um colega, já desiludido, vem com uma pérola: " Ah! Mas há certas coisas que são feitas aqui, pelos próprios colegas, que espantam alunos." e eu: " Que coisas? E que colegas?"
Resumindo: não quis dar nomes aos bois e passa a enrolar.
Querido, começou, segue... nada de querer recuar depois que beijou o pescocinho!
Ele não quis seguir e veio com essa: eu só quero é ficar bem na fita...
Ah! Pronto... pegou na veia... "jugular"...
Ficar bem na fita? O que é isso?
Eu não dou aula para ficar bem na fita. Eu dou aula para que meus alunos se deem bem "na fita"...
Pronto... desatei a fivelinha do sapato de salto, enrolei a saia godê e pimba!!!!!!!!! Desci do morro.
Foi feio... levei chutes por debaixo da mesa para me calar... nada...
Barraco feito, alma lavada e agora? rsrsr era para não discutir na quaresma... rsrsr
Passou, passou... vou me equilibrar, porém...
Sindicato:
Fui cumprir uma exigência, diga-se de passagem ilegal. O sindicato exige que comparecemos ao local, pela manhã, para a entrega de duas vias , redigidas de próprio punho, pedindo a isenção do pagamento de uma taxa.
O procedimento é novo.
Além da fila, o calor. Quem recebia era a advogada do sindicado e a entrega era individual. Já cheguei, chegando: sem local para estacionar, no horário de meu almoço, após ter dados 5 aulas e para enfrentar mais 5. Fila e calor, uma única via redigida. Após reclamar àqueles que estavam ali como eu e bradar a ilegalidade do ato, disse a todos que não iria admitir que entrassem sozinhos, mas nós todos, juntos. Concordaram.
Assim que a advogada abriu a porta, posicionei-me à frente e fui entrando com o bando atrás.
A advogada não teve outra saída a não ser aceitar. Pegou a folha de uma das professoras, carimbou, leu e teceu um comentário negativo da escola em que ela trabalha.
Minha vez. Pegou minhas folhas, leu e disse:
Abra o olho com a sua escola. Tive uma surpresa desagradável o ano passado por parte de uma professora que fez uma queixa contra ela.
E, com toda a classe que meus cascos me permitem, disse:
Doutora, não vim fazer consulta sobre a idoneidade de minha escola, vim apenas entregar esta folha, que comentário à parte, é uma exigência ilegal do sindicato que deveria facilitar nossa vida e não complicá-la.
Se eu quisesse uma consulta, teria agendado e não enfrentado o problema que enfrento para vir entregar esse papelzinho.
A escola em que leciono é idônea e jamais agiu de má fé comigo, portanto, carimbe, por favor e me libere.
Como assim, meu filho, não brigue??????????
Por isso oro todos os dias:
Senhor, peço pelos meus filhos e neta o seu amparo e a mim, o equilíbrio e a paciência.
Amém...

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