Sou espírita... umbandista! Muitos olham torto ao saber que sou umbandista, tudo bem... também olhei um dia. Se creio nisso? Não sei...mas toda vez que vou ao centro trabalhar, oro e digo: Senhor, se isto não existe, que mal eu não faça a ninguém. Peço apenas que as pessoas que venham a mim, saiam melhores do que se sentaram...amém!" e me isento de culpas...rs
Bom, mas o que isso tem a ver com o título de hoje? Quase nada...
Na quaresma recebemos algumas orientações e uma delas foi não brigar. Como assim, não brigar, meu filho??????????
Eu?????????? A barraqueira-mãe? Aquela que desde tenra idade era chamada de "carroceira" pelo próprio pai que ,diga-se de passagem, não era o primor da finura. Pois é, tentei me lembrar disso, mas não deu.
Primeiro foi no trabalho: dia negro! Reunião totalmente light, só pra matar o tempinho. Em determinado momento, eu tomo a palavra e opino sobre algumas melhorias que poderiam ser feitas no colégio.
Ah! Bastou... um colega, já desiludido, vem com uma pérola: " Ah! Mas há certas coisas que são feitas aqui, pelos próprios colegas, que espantam alunos." e eu: " Que coisas? E que colegas?"
Resumindo: não quis dar nomes aos bois e passa a enrolar.
Querido, começou, segue... nada de querer recuar depois que beijou o pescocinho!
Ele não quis seguir e veio com essa: eu só quero é ficar bem na fita...
Ah! Pronto... pegou na veia... "jugular"...
Ficar bem na fita? O que é isso?
Eu não dou aula para ficar bem na fita. Eu dou aula para que meus alunos se deem bem "na fita"...
Pronto... desatei a fivelinha do sapato de salto, enrolei a saia godê e pimba!!!!!!!!! Desci do morro.
Foi feio... levei chutes por debaixo da mesa para me calar... nada...
Barraco feito, alma lavada e agora? rsrsr era para não discutir na quaresma... rsrsr
Passou, passou... vou me equilibrar, porém...
Sindicato:
Fui cumprir uma exigência, diga-se de passagem ilegal. O sindicato exige que comparecemos ao local, pela manhã, para a entrega de duas vias , redigidas de próprio punho, pedindo a isenção do pagamento de uma taxa.
O procedimento é novo.
Além da fila, o calor. Quem recebia era a advogada do sindicado e a entrega era individual. Já cheguei, chegando: sem local para estacionar, no horário de meu almoço, após ter dados 5 aulas e para enfrentar mais 5. Fila e calor, uma única via redigida. Após reclamar àqueles que estavam ali como eu e bradar a ilegalidade do ato, disse a todos que não iria admitir que entrassem sozinhos, mas nós todos, juntos. Concordaram.
Assim que a advogada abriu a porta, posicionei-me à frente e fui entrando com o bando atrás.
A advogada não teve outra saída a não ser aceitar. Pegou a folha de uma das professoras, carimbou, leu e teceu um comentário negativo da escola em que ela trabalha.
Minha vez. Pegou minhas folhas, leu e disse:
Abra o olho com a sua escola. Tive uma surpresa desagradável o ano passado por parte de uma professora que fez uma queixa contra ela.
E, com toda a classe que meus cascos me permitem, disse:
Doutora, não vim fazer consulta sobre a idoneidade de minha escola, vim apenas entregar esta folha, que comentário à parte, é uma exigência ilegal do sindicato que deveria facilitar nossa vida e não complicá-la.
Se eu quisesse uma consulta, teria agendado e não enfrentado o problema que enfrento para vir entregar esse papelzinho.
A escola em que leciono é idônea e jamais agiu de má fé comigo, portanto, carimbe, por favor e me libere.
Como assim, meu filho, não brigue??????????
Por isso oro todos os dias:
Senhor, peço pelos meus filhos e neta o seu amparo e a mim, o equilíbrio e a paciência.
Amém...
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