quinta-feira, 7 de julho de 2011

Entre linhas...

Deixei outro dia uma mensagem em meu Facebook: "Cansei dos homens..."
Nossa, que repercussão!!! Será que nunca, nenhuma vezinha sequer alguém não disse isso? Pois bem: CANSEI DOS HOMENS...
Caramba... eles pensam que só por que somos sozinhas nossa casa vira albergue, motel,pousada, pensão ou restaurante self service?
Não, mentira, generalizar é burrice. Minha amiga, ontem, contou-me do novo namorado. Ele vai até a casa dela e fica, mas é companheiro mesmo: lava, coopera nas compras etc. Mas eu só encontro parasitas...
Já me dediquei muito a um homem e quem me conhece sabe, mas a mesma besteira não faço mais. Não se não houver reciprocidade em tudo, TUDO...
Pois bem, cansei dos homens... estou em greve!!!
Aliás, não cansei dos homens, cansei dos relacionamentos... como se cobra!!! CREDOOOOOOO... odeio cobranças, caras feias, conversinhas monossilábicas...
ESTOU EM GREVE DE RELACIONAMENTOS...

O ser humano não sabe perdoar...

Semana ruim... foi para o outro lado da vida um homem de quem eu gostava muito de mim: o pai de uma amiga. Engraçado como as coisas acontecem. Estava ansiosa há dias para falar com ela, mas a preguiça do dia-a-dia me impedia de abrir o MSN. Até que segunda-feira resolvi que já era hora de dizer um "oi" aos amigos do PC ( minha filha cultiva os amigos, eu peco nisso). Minha amiga, vendo-me online, avisou-me que seu pai estava muito ruim. Disse-lhe, já preocupada, que iria vê-lo assim que minhas aulas terminassem - ele reside em Itu.
Falou-me do problema dele e desligamos. Meia hora depois, ela me liga avisando de seu falecimento. Caraca, eu chorei...
Disse-lhe que no dia seguinte, pela manhã, iria a Itu. Foi uma viagem gostosa. Por vários momentos era como se estivesse fazendo o mesmo passeio que outrora fizera, não estava triste. Porém, assim que encostei o carro, a sensação de estar parada em frente ao velório da cidade que, por tantas vezes passei e odiei, era horrível.
A primeira pessoa a quem avistei foi a Dul, minha amiga. Não me contive e chorei. Coloquei toda a tristeza que sentia para fora. Fazia tempo que não soluçava daquele jeito.
Por fim, acalmei-me. Com o passar das horas, minha amiga me contou as horas em que ficou com os irmãos madrugada adentro velando o corpo, bom, velando não é bem o termo: contando piadas...
Até que lembraram de mim e "apostaram" que eu seria a única a chorar por ele. E fui...
Caramba, se ele foi um homem duro, rude e severo com os filhos, não é justificativa para tanta frieza. E, mesmo que ele tenha sido mais duro e severo do que eu possa pensar, não houve nenhum ato de maldade ou crueldade por parte dele. Era um homem ignorante, rígido e inflexível, mas nunca deixou faltar nada e demonstrava seu modo de amar de forma diferente ou nem mostrava, mas amava.
Só sei que não gostei. Não gostei da incapacidade de perdoar dos filhos. Todos erram, todos... A ignorância é perdoável. Quanto mais você conhece, mais obrigações, não é? Pois então, ele não estudou, não lia sobre o desenvolvimento humano, sobre psiquê, sobre psicologia infantil e blá, blá, blá. Nem mesmo falavam sobre isso.
Como cobrar tato de um homem? Ele não recebera uma educação baseada no diálogo, na compreensão... dava o que conhecia.
Sei lá... só postei isso pois precisava jogar para fora esse sentimento de perplexidade e medo. Medo de não receber o verdadeiro perdão de meus filhos, medo de não chorarem minha ida, medo de não ser tão amada como gostaria de ser... medo...